VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 127-131

Qualidade microbiológica e físico-química de castanhas-do-Brasil

Lorini, AlexandreWoberto, CarmenRosa, Claudineli Cássia Bueno daPereira, MaristelaBotelho, Sílvia de Carvalho Campos

Devido a poucos relatos da qualidade das castanhas-do-brasil oriundas do estado de Mato Grosso avaliaram-se as condições microbiológicas e nutricionais de amêndoas coletadas e beneficiadas, com e sem casca, por produtores de Itaúba/MT. Foram adquiridas 18 amostras em 3 locais distintos (6 amostras por local - 3 com casca e 3 descascadas). Foi investigada a qualidade microbiológica (coliformes totais, termotolerantes, Escherichia coli e bolores e leveduras) e nutricional (peso de 100 amêndoas, umidade, lipídios, proteína bruta e minerais totais). Os níveis de coliformes termotolerantes apresentaram-se abaixo do limite de tolerância preconizado pela legislação brasileira, contudo foi encontrada alta contaminação por bolores e leveduras, sendo as amêndoas sem cascas as mais contaminadas (627,27UFC.g-1). Observaram- se teores apreciáveis de lipídeos (63,25g.100g-1), proteína bruta (15,44g.100g-1) e minerais totais (2,69g.100g-1), porém elevados níveis de umidade (5,55g.100g-1), que podem estar relacionados com a alta contaminação fúngica encontrada. O descascamento influenciou na qualidade nutricional do produto, pois foram observadas diferenças significativas nas castanhas com e sem casca para os teores de lipídios, proteína bruta e cinzas entre os locais de amostragem e as formas de comercialização (teste Tukey p≤0,05).(AU)