VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 75-81

Avaliação da qualidade de doces em massa tipo junino

Freitas, Valéria Pereira da SilvaBrígido, Berenice MandelMazon, Elaine Marra de AzevedoMartini, Maria HelenaPassos, Maria Helena Castro Reis

O presente trabalho teve como objetivo avaliar a qualidade de doces em massa tipo junino quanto à identidade, através da pesquisa de elementos histológicos e corantes orgânicos artificiais, bem como em relação á presença de matérias estranhas e à rotulagem. Verificou-se que, de um total de 15 amostras, 9 ( 60 por cento) foram condenadas, sendo 9 devido à presença de corantes orgânicos artificiais, 1 por conter fungos filamentosos e 2 por rotulagem em desacordo com a legislação em vigor. Em 7 amostras foram detectadas matérias estranhas microscópicas, como: inseto inteiro, fragmentos de insetos e ácaros, não classificados como vetores mecânicos prejudiciais à saúde humana. Embora não exista parâmetro legal para condenação, em 5 amostras foi constatada a presença de grãos de areia (não quantificados). Observou-se que todas as amostras condenadas continham corantes orgânicos artificiais, e que os quatro corantes detectados, utilizados tanto na forma individual quanto combinada, variavam conforme a marca comercial do produto. O Amarelo Crepúsculo foi o mais freqüente (23,3 por cento) , seguido do Ponceau 4R (13,3 por cento) e do Amarelo Tartrazina (10 por cento). A mistura de corantes apresentou a mesma freqüência de utilização (6,7 por cento). Em 6 (46,1 por cento) amostras declaradas na rotulagem como doce de batata foram encontrados corantes que conferiram ao produto coloração semelhante á do doce de abóbora, caracterizando fraude intencional. Outro tipo de fraude praticada pelos fabricantes, com a intenção de realçar a cor original do vegetal, foi observada em 44,4 por cento do total de amostras condenadas.(AU)