VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 96-100

Qualidade microbiológica da água de lavagem das conchas de aço inoxidável de sorveterias da cidade do Recife, PE

Marques, Olga MartinsPereira, Arineide GuerraSobreira, Leonardo Aschoff DinizAlbuquerque, Sonia Souza Melo Cavalcanti de

Nas sorveterias convencionais e nos "self-services", os sorvetes são armazenados e comercializados em tambores de 20 litros. O produto permanece nesse local durante toda a sua comercialização até que todo o seu conteúdo termine. A remoção dos sorvetes é realizada através de conchas de aço inoxidável por manipuladores da própria sorveteria ou, no caso dos "self-services", pelos próprios consumidores. É uma prática bastante comum após cada remoção do sorvete a introdução da concha em um pequeno balde de aço inoxidável. Esse balde contêm água proveniente da torneira da sorveteria e/ou de depósitos de água mineral. A permanência da concha neste local e a constância do manuseio pelos manipuladores, torna a água desses depósitos rica em nutrientes provenientes dos sorvetes, favorecendo à proliferação de inúmeros microorganismos. Assim sendo, os microorganismos aderidos às conchas, são transportados sistematicamente, constituindo-se um fator primordial de risco à saúde humana. Considerando o exposto, o presente trabalho teve como objetivo, analisar a qualidade microbiológica da água utilizada nos baldes onde ficaram depositadas as conchas de manipulação dos sorvetes. Na pesquisa foram realizadas as seguintes análises: contagem padrão de bactérias aeróbias mesofílicas, contagem de bolores e leveduras, coliformes totais e fecais, Pseudonomas aeruginosa e Salmonella sp. Constatou-se que 90 por cento das amostras de água mineral e da torneira utilizadas para lavagem das conchas se encontravam fora dos padrões determinados pela legislação brasileira para coliformes totais e fecais; 50 por cento apresentaram contagem elevada de bactérias mesofílicas. Observou-se que as amostras de água, resultante das sucessivas lavagens das conchas, apresentaram elevado aumento da carga microbiana inicial, tendo sido também registrada a presença de bolores, leveduras, Salmonella sp. e Pseudomonas aeruginosa.(AU)