VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 88-97

Aspectos microbiológicos de produtos alimentícios comercializados no município de Curitiba, Paraná, 1998 a 2001

Teixeira, Luiz Antonio BittencourtBonacim, José EdivaldoFrança, José MaurícioVieira, Homero Rogério Arruda

O levantamento das informações dos laudos de análise microbiológica proveniente das coletas de amostras de alimentos, realizadas sobre os estabelecimentos comerciais de Curitiba – PR, no período de 1998 a 2001, contribuiu para orientar a ação de 48 técnicos designados para executar as ações de Vigilância Sanitária em 3400 estabelecimentos comerciais e produtores de alimentos de maior risco para a ocorrência de agravos ao consumidor. As informações obtidas contribuíram para estabelecer o direcionamento das prioridades das ações de Vigilância Sanitária de Alimentos com base em dados epidemiológicos. Os resultados dos laudos microbiológicos emitidos pelo Laboratório Central do Estado foram tabulados considerando os motivos de coletas realizadas, de acordo com a base de dados específica da Secretaria Municipal da Saúde (EPI – INFO), lançados por técnicos da Vigilância Sanitária do Centro de Saúde Ambiental. O Programa de Coleta de Amostras de Alimentos da Secretaria Municipal de Saúde; a investigação de surtos; as reclamações de consumidores e a análise fiscal foram os motivos de coleta, cujos dados foram confrontados entre os oitos Distritos Sanitários que compõem a divisão administrativa da Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba. Das diferentes características entre os Distritos Sanitários, demonstrou-se que o Distrito de Santa Felicidade apresentou a maior incidência de coletas programadas de amostras, com 22,6 por cento do total das coletas programadas realizadas no período, evidenciado pela condição de turismo gastronômico da região. O principal motivo de coleta de amostras em Santa Felicidade foi a coleta programada. No grupo de alimentos preparados, as massas com recheio de ingredientes de origem animal apresentaram o maior índice (39 por cento) de laudos em desacordo. No grupo de produtos de origem animal, 57 por cento das lingüiças apresentaram resultados em desacordo com a legislação vigente, que regulamenta os padrões microbiológicos. (...)(AU)