Achados ultrassonográficos de cães parasitados por Dioctophyma renale: estudo retrospectivo
Cottar, Bianca HasselmannDittrich, GustavoFerreira, Ariele AparecidaCarvalho, Ana Cláudia de PaivaAlbernaz, Vinicius Gonzalez PeresLuz, Mayron Tobias daTasqueti, Ubirajara Iobe
O parasitismo ocasionado pelo nematóide Dioctophyma renale (Goeze, 1782), além da destruição do tecido renal, provoca sinais clínicos como disúria e hematúria. Além da observação microscópica dos ovos, o exame ultrassonográfico também é utilizado como uma ferramenta diagnóstica desta parasitose, através da observação de estruturas tubulares anecóicas circundadas por cápsula hiperecogênica. O objetivo deste trabalho foi comparar as alterações clínicas e ultrassonográficas de cães infectados pelo Dioctophyma renale, relacionando-os com a sintomatologia clínica. Realizou-se um estudo retrospectivo dos casos positivos para dioctofimose atendidos na Unidade Hospitalar para Animais de Companhia da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (UHAC PUCPR), avaliando-se parâmetros obtidos durante a anamnese (tais como sexo, idade e dieta), alterações laboratoriais (avaliação sérica e urinária) e alterações observadas ao ultrassom. Entre os meses de março de 2003 a abril de 2011 foram diagnosticados sete animais parasitados, com acometimento de somente rim direito; houve um predomínio de cadelas (71,43%) e 85,71% dos animais não tinham uma raça definida. Mais da metade destes animais (57,14%) possuíam acesso a rua. A anamnese indicou principalmente emagrecimento, anorexia e disúria. Os exames laboratoriais apontaram azotemia (57,14%), anemia arregenerativa (42,85%) e infecção urinária (42,85%).Os sonogramas renais, além de estruturas tubulares em todos os casos, também mostraram perda de diferenciação corticomedular (14,28%) e redução do tamanho (14,28%) de rim direito, não sendo registradas alterações em rim contralateral. Conclui-se que, apesar do pequeno número de casos observados (sendo este um estudo quantitativo), o diagnóstico por Dioctophyma renale pode ser realizado através do achado laboratorial em pacientes com sinais inespecíficos ou com afecções urinárias, sendo os achados imaginológicos definitivos.
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