VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 1-8

Platinossomose em felino doméstico no município de Pelotas, RS, Brasil

Ferraz, AlexsanderLima, Camila Moura deBarwaldt, Eugênia TavaresBierhals, Eduarda SantosChagas, Bruno CabralSalame, Jéssica PaolaSilva, Andreza Bernardi daNizoli, Leandro QuintanaNobre, Márcia de Oliveira

Platynosomum spp. é um trematódeo, da família Dicrocoeliidae, que tem como hospedeiros definitivos, os felídeos, mas também pode parasitar primatas e aves silvestres. Animais que possuem o hábito de se alimentar de répteis ou anfíbios, são mais susceptíveis. Acomete principalmente o fígado e os ductos biliares, mas pode ser eventualmente encontrado também no intestino delgado, ductos pancreáticos, pulmões e outros tecidos. A fisiopatologia inclui quadro de colangite crônica, podendo se estender e acometer o parênquima hepático e culminar com colangiohepatite, fibrose biliar, cirrose e obstrução biliar. Os sinais clínicos variam conforme a gravidade do caso e duração da infecção. As manifestações clínicas incluem anorexia, letargia, perda de peso, hepatomegalia, distensão abdominal e vômitos, podendo ocorrer, ainda, icterícia e alteração de consistência das fezes. Os gatos adultos, não domiciliados ou domiciliados com acesso à rua que possuem hábitos de caça, são mais predispostos. O diagnóstico definitivo pode ser feito pela pesquisa parasitológica e presença de ovos em análise coproparasitológica, pela identificação de ovos na bile e mais frequentemente por histopatologia hepática. O tratamento consiste no uso de anti-helmínticos, sendo que o mais eficaz é o praziquantel. Além disso, medidas preventivas devem ser adotadas, como evitar que os gatos tenham acesso aos hospedeiros intermediários. O presente relato, consiste no diagnóstico coproparasitológico de platinossomose em dois felinos domésticos, no município de Pelotas, RS, Brasil.(AU)

Texto completo