Sistemicidade de fungicidas e controle da brusone em espigas de trigo
Silva, Daniela daKovaleski, MarcosClebsch, Cláudia CristinaMossolin, MateusDeuner, Carolina CardosoMaciel, João Leodato Nunes
O controle químico da brusone do trigo, uma doença causada por Pyricularia oryzae Triticum (PoT), faz parte do manejo integrado dessa doença. O objetivo deste estudo foi avaliar a sistemicidade dos fungicidas nas espigas de trigo e seus efeitos no controle da brusone. Plantas da cultivar BRS 264 foram cultivadas em vasos até a antese (estádio 65 de Zadoks), quando foram retiradas duas espiguetas centrais de cada espiga dessas plantas, expondo essa região da ráquis, onde foram aplicadas soluções fungicidas com pincéis. Foram avaliados sete fungicidas (Flutriafol, Tebuconazol, Propiconazol, Pidiflumetofen, Ciproconazol, Piraclostrobina e Mancozebe), além do tratamento de Controle, sem fungicida, aplicando-se apenas água. Após 24 h da aplicação da solução, uma suspensão conidial (105 conídios mL-1) de PoT foi pulverizada nas espigas e as plantas foram mantidas a 24 ºC, umidade relativa (UR) de 90-95% e no escuro por mais 24 h. Em seguida, permaneceram a 24 ºC, UR de 70 a 80% e fotoperíodo de 12 h até que a severidade da doença nas espigas fosse avaliada aos 5, 7 e 11 dias após a inoculação (dai). Foram avaliadas entre 20 e 30 espigas por tratamento. Os dados de severidade acima e severidade abaixo da área tratada foram avaliados por generalized beta regression model. Acima da área tratada, aos 5 e 7 dai, os tratamentos com os fungicidas Flutriafol, Tebuconazol, Propiconazol, Pidiflumetofen e Ciproconazol diferiram do Controle, apresentando menor severidade média de brusone. Mancozebe e Piraclostrobina também apresentaram menor severidade da doença em comparação ao tratamento Controle quando analisados os resultados globais. O movimento acropetal dos fungicidas deve ser considerado junto de outras abordagens para o manejo integrado da brusone do trigo.
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