Duplicação cromossômica por injeção de colchicina e indução de haploidia em genótipos tropicais de milho comum e superdoce
Souza, Leticia de Freitas deOliveira, Juliana Moraes Machado deLucena, Vitor Joaquim deHoda, Otavio Gabriel LalauDuarte, Iran de AzevedoFregonezi, Bruno FigueiróFerreira, Josué Maldonado
A tecnologia de duplo-haploide em milho foi desenvolvida em ambientes de clima temperado, empregando germoplasma e indutores adaptados para estes ambientes, com o objetivo de acelerar a obtenção de linhagens homozigotas. Neste sentido, para o avanço desta tecnologia em ambientes tropicais, são necessárias pesquisas envolvendo germoplasma e indutores adaptados para este ambiente. Os objetivos foram determinar a taxa de indução de haploidia em populações de milho comum e superdoce tropicais, empregando uma população indutora gimnogenética tropicalizada, e identificar a eficácia da duplicação cromossômica via injeção de colchicina. O indutor de haploidia PI4003 foi utilizado como parental masculino e cruzado com 25 populações de milho tropical (23 comuns e duas superdoces). As sementes haploides putativas, classificadas pela marcação do gene R1-nj, foram semeadas em bandejas com turfa nas safras 2020/21 e 2021/22, sendo injetado 100 µL de solução de 0,125% de colchicina e 0,5% de dimetilsulfóxido em cada plântula haploide no estádio V2. No dia seguinte, as plântulas tratadas foram transplantadas para campo irrigado. O indutor PI4003 apresentou taxa de indução a haploidia variando de 0,9% a 5%. Houve diferenças significativas entre genótipos tropicais e safras para as taxas de sobrevivência, taxas de reprodução e taxas de sucesso geral. A taxa de sucesso geral variou de 2,9% a 34%. O método de duplicação cromossômica via injeção de colchicina mostrou-se eficaz, com menor consumo de colchicina por indivíduo haploide tratado e redução na geração de resíduos tóxicos para descarte.
Texto completo