VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 2685-2702

Mudanças bioquímicas em plantas de aveia preta em resposta ao déficit hídrico sob diferentes temperaturas

Sartori, Altamara Viviane de SouzaOliveira, Carolina Maria Gaspar deZucareli, Claudemir

A aveia-preta (Avena strigosa Schreb.) destaca-se como uma forragem de grande importância na agricultura brasileira. Porém, a produtividade e a qualidade dessa forragem podem ser afetadas por fatores abióticos, como temperatura e disponibilidade de água, que afetam os processos fisiológicos e facilitam o acúmulo de radicais livres (espécies reativas de oxigênio - ROS). Assim, o objetivo deste estudo foi compreender as alterações bioquímicas em plantas de aveia preta submetidas ao déficit hídrico em diferentes temperaturas. Os experimentos foram conduzidos em casa de vegetação em dois períodos experimentais, os quais apresentaram temperatura média de 20 °C e 24 °C, respectivamente. Sementes de aveia preta, variedade IAPAR 61, foram semeadas em vasos e as plantas irrigadas por 60 dias. Depois disso, os vasos foram cobertos com sacos plásticos e a irrigação foi suspensa. As análises foram realizadas em cinco períodos de avaliação - M1: plantas antes da suspensão da irrigação, M2: plantas no primeiro ponto de murcha, M3: três dias após a retirada do plástico e retorno da irrigação, M4: quatro dias após M3 e antes do segundo suspensão da irrigação e M5: o segundo ponto de murcha. Foram analisados os níveis de proteína total e malondialdeído (MDA) e a atividade das enzimas catalase (CAT) e ascorbato peroxidase (APX). O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, com seis repetições, em esquema fatorial temperatura média × manejo da água × períodos de avaliação, e as médias foram comparadas pelo teste de Tukey a 5%. Em resposta à deficiência hídrica e ao aumento da temperatura, as plantas de aveia preta aumentaram seus níveis de proteínas solúveis totais e houve maior peroxidação lipídica devido ao aumento do teor de malondialdeído. Não houve alteração na atividade das enzimas catalase e ascorbato peroxidase sob déficit hídrico, sendo que essas atividades diminuíram com o aumento da temperatura.(AU)

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