VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 3441-3448

Impacto de nematoides entomopatogênicos sobre operárias de Apis mellifera L. (Hymenoptera: Apidae) Africanizada

Libardoni, GabrielaAbati, RaizaSampaio, Amanda RobertaColombo, Fernanda CarolineMaciel, Rodrigo Mendes AntunesGuide, BrunaCosta-Maia, Fabiana MartinsLozano, Everton RicardiNeves, Pedro Manuel Oliveira JaneiroPotrich, Michele

As populações de abelhas africanizadas (Apis mellifera L.) vêm diminuindo devido, principalmente, ao intenso uso de inseticidas sintéticos. Desde modo, o emprego de agentes de controle biológico tem-se intensificado de forma a minimizar este impacto no ambiente. Estes produtos são, de modo geral, mais seguros aos insetos não-alvos, como as abelhas que são importantes insetos polinizadores. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos de nematoides entomopatogênicos utilizados para controle de insetos pragas, sobre a longevidade de operárias de A. mellifera africanizada. Foram utilizados sete tratamentos: Heterorhabditis amazonensis, Heterorhabditis bacteriophora, Heterorhabditis indica, Steinernema carpocapsae, Steinernema feltiae e Steinernema rarum, na concentração de 40 juvenis infectantes por cm² (JIs/cm²), e como testemunha água destilada autoclavada. Para isso foram realizados dois bioensaios: 1) Pulverização dos nematoides sobre as operárias e 2) Pulverização dos nematoides em placas de vidro, nas quais as abelhas permaneceram por duas horas em contato. Cada tratamento foi composto por cinco repetições com 20 abelhas cada. As abelhas foram mantidas em gaiolas de PVC (20x10cm) cobertas com tecido voile e fornecidos pedaços de algodão embebido em água e pasta Candy. As gaiolas foram mantidas em sala climatizada (27 ± 2 °C, U.R. 60 ± 10%, fotofase de 12h) e a mortalidade avaliada de 12 até 240 horas. No bioensaio 1 os três tratamentos com nematoides do gênero Steinernema reduziram a longevidade das operárias (103,9; 96,3 e 99,6 horas) quando comparados aos tratamentos com Heterorhabditis (149,7; 126,8 e 134,7 horas). Entretanto, dentre estes apenas H. amazonensis (149,7 horas) não diferiu da testemunha (166,0 horas). No bioensaio 2, todos os [...].(AU)

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