VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 2837-2850

Função de produção e produtividade da água em cultura de milheto irrigado

Torres, Rogério RicaldeRobaina, Adroaldo DiasPeiter, Marcia XavierBen, Luis Humberto BahúMezzomo, WellingtonKirchner, Jardel HenriqueRosso, Ricardo BenettiPimenta, Bruna DalcinPereira, Anderson CrestaniLoregian, Marcos Vinicius

A determinação da função de produção que relaciona a água com a produção da cultura é imprescindível para o correto dimensionamento e manejo de sistemas agropecuários irrigados. Os objetivos deste trabalho são a identificação da função de produção de forragem de milheto em relação às lâminas aplicadas e a determinação da produtividade da água. Foram realizados dois experimentos com a cultura do milheto semeados na safra agrícola 2014/2015 em Santiago, RS e na safra 2015/2016 em Santa Maria, RS. O delineamento experimental foi em blocos ao acaso com quatro repetições e seis lâminas de irrigação (0, 25, 50, 75, 100 e 125% da evapotranspiração de referência - ETo). Foi avaliada a produção de massa seca total acumulada de forragem, coletada aos 50, 80, 110 e 140 dias após a semeadura e determinou-se a produtividade da água. Observou-se efeito significativo para a produção de forragem de milheto (kg de MS ha-1) nas duas safras agrícolas 2014/2015 e 2015/2016, ajustando-se equação quadrática. A máxima eficiência técnica entre os tratamentos foi encontrada, para as duas safras, na lâmina 125% da ETo com produção de forragem de 15.494,47 kg ha-1 e 14.779,50 kg ha-1. A produtividade da água não diferiu estatisticamente para os distintos tratamentos em ambos os anos, com as médias gerais dos tratamentos em cada ano de 1,86 e 1,69 kg de MS m-3 nas safras de 2014/2015 e 2015/2016 respectivamente. A dinâmica de produção de massa seca acumulada, para a equação logística obtida com a média das duas safras representa com desempenho “ótimo” as produções de forragem acumuladas das duas safras agrícolas. A produção de forragem de milheto é suscetível a déficits hídricos, sendo a lâmina de 125% da ETo, a mais produtiva nas duas safras agrícolas. As lâminas de irrigação não influenciaram na produtividade da água.(AU)

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