VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 2299-2308

Estudo retrospectivo de desordens reprodutivas em cadelas no município de Uberlândia, Minas Gerais, Brasil

Costa, Alisson SouzaSilva, Meire Ellen MendesSantos, Thaisa Reis dosBisinoto, Mariana BarbosaTsuruta, Suzana AkemiBorges, Stefânia Beatriz AlvesBarbosa, Sara Pedrosa FrancoAlves, Aracelle ElisaneMundim, Antonio VicenteHeadley, Selwyn ArlingtonSaut, João Paulo Elsen

Enfermidades do sistema reprodutor são comuns, para ambos os sexos, nas mais variadas espécies. Em cadelas estas doenças têm diferentes graus de morbidade e mortalidade e são influenciadas por condições ambientais, histórico reprodutivo e tratamentos prévios com fármacos. As afecções reprodutivas podem gerar consequências distintas, variando desde a ausência de sinais clínicos até o comprometimento da fertilidade do animal. Objetivou-se determinar a casuística das enfermidades reprodutivas de cadelas atendidas no Hospital Veterinário da Universidade Federal de Uberlândia, durante seis anos de avaliação (2012-2017), a fim de identificar quais enfermidades eram mais frequentes. Para tanto, foram consultadas informações sobre espécie, idade, raça e sexo de 32.944 animais. Destes, 16.480 eram fêmeas caninas e 1.185 foram diagnosticadas com alterações no sistema reprodutivo. Os animais foram divididos de acordo com a idade em quatro grupos (filhotes, adultos jovens, adultos e idosos); e com as enfermidades do sistema reprodutivo (Grupo 1 - alterações de vagina e vulva; Grupo 2 - alterações de ciclo estral, ovário e útero; Grupo 3 - alterações do período gestacional e parto). As médias de idades que apresentaram maior ocorrência de diagnósticos foram em cadelas adultas jovens (1 a 5 anos) com 47%. As patologias mais frequentes em fêmeas caninas foram a piometra (48,8%), distocias (13,6%) e Tumor Venéreo Transmissível (TVT) (12,6%). Os animais mestiços (SRD) foram os mais acometidos por distúrbios do sistema reprodutor, representando 60% do total de fêmeas diagnosticadas. Concluiu-se que a ocorrência de 7,2% de desordens reprodutivas mostra a relevância dessas doenças na clínica de pequenos animais e contribui para o reconhecimento de que novos métodos de prevenção, diagnóstico precoce e tratamento dessas desordens são necessários.(AU)

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