VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 1357-1364

Levantamento molecular de Babesia vogeli e Hepatozoon spp. em cães da área urbana do Centro-Oeste do Brasil

Maia, Maerle OliveiraFreitas, André Luís Santos deSantos, Jamila GuimarãesPacheco, Thábata dos AnjosRamos, Dirceu Guilherme de SouzaSilva, Glaucenyra Cecília Pinheiro daDutra, ValériaAguiar, Daniel MouraPacheco, Richard Campos

No Brasil, os mais importantes patógenos transmitidos por carrapatos que acometem cães incluem Babesia vogeli, Ehrlichia canis, Anaplasma platys, Hepatozoon canis e Mycoplasma haemocanis. Babesia spp. e Hepatozoon spp., transmitidas por carrapatos ixodídeos, têm sido relatadas como capazes de infectar naturalmente cães e são amplamente distribuídos. Os autores objetivaram investigar a incidência de B. vogeli e Hepatozoon spp. por métodos moleculares para identificar fatores associados à infecção em cães da área urbana do município de Cuiabá, centro-oeste do Brasil. A reação em cadeia da polimerase (PCR) revelou uma prevalência de 9,36% (Intervalo de Confiança-IC 95%; 2,72%; 6,79%) e 9,61% (IC 95%; 7,0%; 13,0%) entre os cães para B. vogeli e Hepatozoon, respectivamente. Sequências de DNA obtidas de 10 amostras positivas para PCR de Hepatozoon foram sequenciados e eram idênticos entre si e, além disso, foram 100% (541/541 pares de base-pb) homólogos com a correspondente sequência de 18S rDNA de H. canis. Vinte e cinco (6,02%) cães geraram amplificados usando protocolos de PCR para ambos os organismos, indicando coinfecção por esses dois protozoários. Até onde sabemos, nosso estudo foi o primeiro levantamento molecular a considerar toda a população de cães da área de estudo na amostragem. Além disso, cães jovens (0-12 meses de idade), bem como animais que viviam em casas muradas - sem acesso à rua foram mais suscetíveis à infecção por B. vogeli e H. canis, respectivamente.(AU)

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