VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 3779-3796

Balanço de nutrientes no solo e características nutricionais da silagem de milho quando colhida em diferentes alturas

Hülse, JulioNeumann, MikaelUeno, Robson KyoshiHeker Junior, Julio CezarFigueira, Danúbia NogueiraSandini, Itacir EloiMüller, Marcelo Marques LopesHorst, Egon HenriqueVigne, Gabriela Letícia Delai

A colheita de milho para ensilagem promove intensa exportação de nutrientes do solo. A elevação da altura de colheita da forragem pode amenizar a exportação de nutrientes e beneficiar a qualidade nutricional da silagem. No entanto, essa prática pode ser inviável economicamente devido à redução no volume de forragem colhida. Objetivou-se com este experimento avaliar os parâmetros agronômicos de produção, composição vegetal, valor nutricional da silagem e balanço de nutrientes no solo pela colheita da planta de milho em diferentes alturas: 0,20; 0,40; 0,60; 0,80 e 1,00 m do solo. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, composto por 5 tratamentos com 5 repetições. Plantas representativas de cada parcela foram colhidas nas respectivas alturas e fragmentadas em uma ensiladeira. Este material foi homogeneizado e ensilado em silos experimentais de policloreto de vinila (PVC). Cada 0,10 m de elevação na altura de colheita proporcionou aumento de 0,65 pontos percentuais no teor de matéria seca da forragem e redução da colheita de 339 kg ha-1 de fitomassa seca. A participação de grãos na forragem acresceu linearmente na ordem de 1,24 pontos percentuais a cada 0,10 m de elevação na altura de colheita. Os teores de fibra em detergente neutro, fibra em detergente ácido e lignina da silagem apresentaram decréscimo linear de 4,5; 2,8 e 9,6 %, respectivamente, a cada 0,10 m de elevação da altura de colheita; enquanto que os nutrientes digestíveis totais, o consumo de matéria seca e o valor relativo da forragem tiveram acréscimo linear de 0,5; 7,2 e 8,2 %, respectivamente. A cada 0,10 m de elevação da altura de colheita, houve redução da exportação de nutrientes do solo na ordem de: 3,6 kg ha-1 de N; 1,3 kg ha-1 de P2O5; 9,5 kg ha-1 de K2O; 0,9 kg ha-1 de CaO e 1,2 kg ha-1 de MgO.(AU)

Texto completo