VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 3403-3412

Situação epidemiológica da brucelose bovina no Estado da Paraíba, Brasil

Clementino, Inácio JoséDias, Ricardo AugustoAmaku, MarcosFerreira, FernandoTelles, Evelise OliveiraHeinemann, Marcos BryanGonçalves, Vítor Salvador PicãoGrisi-Filho, José Henrique HildebrandFerreira Neto, José SoaresAlves, Clebert JoséSantos, Carolina de Sousa Américo BatistaAzevedo, Sérgio Santos

Realizou-se um estudo para caracterizar a situação epidemiológica da brucelose bovina no Estado da Paraíba. O Estado foi dividido em três regiões. Em cada região foram amostradas aleatoriamente propriedades e, dentro dessas, foi escolhido de forma aleatória um número pré-estabelecido de animais. No total, foram amostrados 3.489 animais, provenientes de 674 propriedades. Em cada propriedade amostrada foi aplicado um questionário epidemiológico para verificar o tipo de exploração e as práticas de criação e sanitárias que poderiam estar associadas ao risco de infecção pela doença. O protocolo de testes utilizado foi o da triagem com o teste do antígeno acidificado tamponado (AAT) e confirmação dos positivos com o teste do 2-mercaptoetanol (2-ME). O rebanho foi considerado positivo quando pelo menos um animal foi reagente às duas provas sorológicas. Para o Estado, as prevalências de focos e de animais infectados foram, respectivamente, de 4,6% [3,2-6,5%] e 2,5% [1,1-3,9%]. Para as regiões, as prevalências de focos variaram entre 2,2% e 7,9% e 3,2%. O fator de risco associado à condição de foco foi ter a raça Zebu como predominante (OR=12,30 [1,32-114,64]). Concluindo, o estado da paraíba deve concentrar esforços para vacinar, todos os anos, um mínimo de 80% das bezerras com a amostra B19 e estimular a utilização da vacina RB51 em fêmeas não vacinadas com idade superior a 8 meses. A Além disso, deve-se estimular a realização de testes sorológicos para brucelose nos bovinos de reprodução antes de introduzi-los nas propriedades.(AU)

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