VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 3673-3684

Prevalência e fatores de risco paratuberculose bovina no Estado de São Paulo, Brasil

Dias, Ricardo AugustoUlloa-Stanojlovic, Francisco MiroslavBelchior, Ana Paula CunhaFerreira, Rodrigo de SouzaGonçalves, Rita CoelhoAguiar, Ricardo Souza Costa Barão deSousa, Paola da RochaSantos, Arianne Mastrangeli AmiciAmaku, MarcosFerreira, FernandoTelles, Evelise OliveiraGrisi-Filho, José Henrique HildebrandGonçalves, Vitor Salvador PicãoHeinemann, Marcos BryanFerreira Neto, José Soares

Um estudo transversal foi realizado entre maio e novembro de 2011 para determinar a situação epidemiológica da tuberculose bovina (bTB) no estado de São Paulo, Brasil. O estado foi dividido em sete regiões. Trezentas propriedades com atividade reprodutiva de bovinos de cada região foram aleatoriamente selecionadas e consideradas unidades primárias de amostragem. Um número fixo de fêmeas bovinas com idade superior a dois anos foram aleatoriamente selecionadas e testadas usando o teste cervical comparativo. Um inquérito epidemiológico, utilizando um questionário específico, foi realizado em cada propriedade selecionada. Os nossos resultados indicam que no estado de São Paulo, a prevalência aparente de propriedades positiva foi de 9% (intervalo de confiança de 95%, IC95% = 7,8 10,5%). A prevalência nas diferentes regiões variou entre 3,5% (IC95% = 1,7 6,8%) e 13,9% (IC95% = 10,2 18,8%). A prevalência aparente de animais positivos no estado foi 1,3% (IC95% = 0,9 1,7%) e variou de 0,3% (IC95% = 0,2 0,6%) até 2,5% (IC95% = 1,4 4,5%) nas regiões. Os fatores de risco associados à tuberculose no estado foram (i) número de fêmeas adultas nos rebanhos ? 24 (Odds ratio, OR = 1,91, IC95% = 1,32 2,75), (ii) tipo de exploração (leite: OR = 2,70, IC95% = 1,4 5,21), misto: OR = 2,03, IC95% = 1,08 3,82), (iii) (sala de ordenha: OR = 4,12, IC95% = 1,46 – 11,64; ordenha mecânica: OR = 2,94, IC95% = 1,42 – 6,09) e (iv) compartilhamento de pastagens (OR = 1,58, IC95% = 1,07 – 2,33). O estado de São Paulo deve implementar um sistema de vigilância estruturado capaz de detectar e mitigar a doença. Além disso, um programa de educação em saúde animal eficiente, capaz de encorajar os proprietários a testar animais de reposição para bTB previamente à introdução no rebanho e evitar o compartilhamento de pastagens com propriedades cuja condição sanitária é desconhecida, deve ser implementado.(AU)

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