VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 3659-3672

Prevalência e fatores de risco da tuberculose bovina no Estado de Santa Catarina

Veloso, Flávio PereiraBaumgarten, Karina DinizMota, Ana Lourdes Arrais de AlencarFerreira, FernandoFerreira Neto, José SoaresGrisi-Filho, José Henrique HildebrandDias, Ricardo AugustoAmaku, MarcosTelles, Evelise OliveiraGonçalves, Vítor Salvador Picão

Com o objetivo de apoiar o planejamento estratégico do Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose, diferentes estados brasileiros têm realizado estudos transversais coordenados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, com o apoio científico da Universidade de São Paulo e da Universidade de Brasília. Em Santa Catarina, em 2012, a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola (CIDASC) realizou o estudo sobre a prevalência e fatores de risco para da tuberculose bovina (TB). O Estado foi dividido em cinco regiões e, em cada uma delas, foi realizada uma amostragem independente em duas etapas: (i) propriedades com atividade reprodutiva foram selecionadas aleatoriamente; (ii) em cada propriedade, uma amostra de fêmeas com idade igual ou superior a 24 meses foi submetida ao teste tuberculínico intradérmico comparativo. Um questionário foi utilizado para recolher dados sobre as características de produção e práticas de gestão que poderiam estar associados com a infecção tuberculosa. A prevalência de focos de tuberculose bovina foi de 0,50% (95% intervalo de confiança [CI]: 0,074-0,93%), enquanto a prevalência de TB em animais foi de 0,06% (IC 95%: 0-0,12%). Não foi observada diferença significativa na prevalência de focos ou animais entre as cinco regiões. O modelo de regressão logística revelou que rebanhos com 19 ou mais vacas apresentaram um odds ratio (OR) de 7,68 (IC 95%: 1,22-48,39) em comparação com rebanhos menores, enquanto rebanhos leiteiros apresentaram um OR de CI 10,43 (95%: 2.00- 54,25) em relação aos rebanhos de corte ou de duplo propósito. Os resultados sugerem que os rebanhos leiteiros, em que os animais são mantidos em confinamento parcial ou total, e rebanhos maiores, que tendem a adquirir animais mais frequentemente, estão sob maior risco de tuberculose bovina.(AU)

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