Controle da brucelose bovina no Estado de Mato Grosso do Sul, Brasil, de 1998 a 2009
Leal Filho, Jamil ManoelBottene, Ilda Francisca NevesMonteiro, Letícia Almeida Retumba CarneiroPellegrin, Aiesca OliveiraGonçalves, Vitor Salvador PicãoFerreira, FernandoDias, Ricardo AugustoAmaku, MarcosTelles, Evelise OliveiraGrisi-Filho, José Henrique HildebrandHeinemann, Marcos BryanFerreira Neto, José Soares
O estudo foi realizado para se verificar a eficácia do programa de vacinação contra brucelose bovina implementado pelo Mato Grosso do Sul, utilizando-se a prevalência como indicador. O Estado foi dividido em três regiões: Pantanal, Planalto Sul e Planalto Norte. Para cada região, foi amostrado um número preestabelecido de propriedades e em cada uma delas foram colhidas amostras de sangue de fêmeas com idade igual ou superior a 24 meses aleatoriamente selecionadas. Os soros dos animais foram submetidos a um protocolo de testes em série, com triagem pelo teste com Antígeno Acidificado Tamponado e confirmação pelo 2-Mercaptoetanol. Em cada propriedade foi aplicado um questionário para individualizar os fatores de riscos associados à doença. No estado, a prevalência de focos foi 30,6% [27,4; 34,0] e a de animais 7,0% [5,6; 8,7]. As prevalências de focos e de animais nas regiões foram 39,1% e 8,9% no Pantanal, 25,3% e 6,1% no Planalto Sul e 32,1% e 6,4% no Planalto Norte. A brucelose bovina no estado está associada à aquisição de reprodutores, ao tamanho do rebanho e ao tipo de exploração corte e mista. Assim, o Mato Grosso do Sul deve reavaliar seu programa de vacinação, buscando maior eficácia. Adicionalmente, o estado deve realizar um grande esforço de educação e de fiscalização para que os produtores testem os animais de reprodução para brucelose antes de introduzi-los em suas propriedades.
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