Tolerância de juvenis de piava para diferentes concentrações de amônia na água
Copatti, Carlos EduardoBolner, Keide Carolina dos SantosRosso, Felipe Link deLoro, Vania LuciaBaldisserotto, Bernardo
O objetivo deste trabalho foi avaliar a tolerância de piava (Leporinus obtusidens) a diferentes concentrações de amônia da água e os efeitos sobre seus íons plasmáticos e parâmetros metabólicos. Juvenis de piava (25-30 g) foram expostos a diferentes concentrações de amônia da água (mg/L NH3): 0,003 (controle); 0,1; 0,4; 0,7 e 1,4, por 96 horas. Foram analisados níveis de Na+, K+, Cl-e NH4+ no plasma e metabolismo e atividade enzimática nos tecidos (fígado, rim, brânquias e músculo). A concentração letal (LC50; 96h) foi de 0,27 mg/L de NH3, e os níveis plasmáticos de Na+e NH4+aumentaram, enquanto os níveis de K+diminuíram com o aumento das concentrações de NH3 na água. A atividade de Na+/K+-ATPase aumentou nas brânquias e diminuiu nos rins com o aumento das concentrações de NH3 na água. Níveis de glicose, glicogênio e proteína (exceto no músculo) também reduziram, mas níveis de lactato aumentaram nos tecidos dos juvenis expostos as maiores concentrações de NH3 na água. A toxicidade letal observada poderia ser devido a depleção gradual de íons no plasma, a redução do metabolismo e a atividade nos tecidos de Na+/K+-ATPase. O aumento das concentrações de amônia na água leva ao acúmulo de amônia no plasma e nos tecidos, o que reduz o gradiente de difusão plasma-água de NH3 e induz alterações metabólicas e ionoregulatórias nas piavas, o que tem implicações para o manejo de piavas.(AU)
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