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Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

Resistance to stem canker, frogeye leaf spot and powdery mildew of soybean lines lacking lipoxigenases in the seeds

Alberto Osório Martins, CarlosSigueyuki Sediyama, CarlosGoreti de Almeida Oliveira, MariaSilva Reis, MúcioSoares Rocha, ValterleyAlves Moreira, MaurílioLuiz Lopes Gomes, José

A cultura da soja [Glycine max (L.) Merrill] ocupa lugar de destaque na economia brasileira, tanto em termos de área plantada, quanto de produção de grãos. A presença de gosto de feijão cru tem sido limitante para o consumo de derivados de soja pelos povos ocidentais. Esse sabor característico é proporcionado pelas enzimas lipoxigenases (Lox1, Lox2 e Lox3). A eliminação dessas enzimas, pela manipulação genética dos alelos que as codificam, é a maneira mais adequada de contornar os problemas associados ao sabor desagradável. Visando elucidar a participação das lipoxigenases, no processo de resistência da soja a patógenos, variedades normais de soja (FT-Cristalina RCH, Doko RC e IAC-12) e suas respectivas linhagens obtidas por retrocruzamentos, sem as três lipoxigenases nas sementes (triplo-nulas - TN) e com as três lipoxigenases (triplo-positivas - TP), foram testadas quanto às suas resistências ao cancro-da-haste (Diaporthe phaseolorum f.sp. meridionalis), à cercosporiose (Cercospora sojina Hara) e ao oídio (Microsphaera diffusa Cke. & Pk.). Todos os materiais genéticos foram resistentes ao cancro-da-haste. Com relação à cercosporiose, FT-Cristalina RCH e Doko-RC e suas respectivas linhagens com ou sem lipoxigenases mostraram-se resistentes, enquanto IAC-12 e suas linhagens derivadas mostraram índices de doença mais elevados, sendo que as linhagens IAC-12 TP e TN foram mais suscetíveis, indicando perda de gene de resistência nos retrocruzamentos. Não houve relação entre retirada dos genes que codificam lipoxigenases nas sementes com a resistência à cercosporiose. No caso do oídio, as linhagens TP ou TN apresentaram-se similares ou pouco mais resistentes que seus respectivos progenitores recorrentes, os quais se mostraram suscetíveis na seguinte ordem: IAC-12, menos suscetível, Doko-RC, intermediário e FT-Cristalina RCH, mais suscetível.

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