VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 118-141

Mielocultura e mielograma na Febre tifóide

E. Taunay, AugustoAyres, LuizPedroso, Dario

A mielocultura é de valor inestimável no diagnóstico da febre tifoide. Durante o período febril a sua sensibilidade mostrou-se absoluta. Nas primeiras semanas de moléstia a sua positividade foi sempre superior a 80%. Obtivemos mieloculturas positivas desde o 8. até o  48. dia de moléstia. A mielocultura mostrou ser um processo diagnóstico bastante mais sensível que a simples hemocultura. A reação de Widal deve ser praticada sempre com os antígenos "O"" e "H". Os autores apresentam dois casos em que o diagnóstico de febre tifoide não pode ser confirmado, embora apresentassem um teor em aglutininas "H" elevado. A febre tifoide produz ligeira leucopenia, considerando-se 7.077 leucócitos por mmc. como taxa média durante os vários períodos da moléstia. À medida que a moléstia progride sem complicações, nota-se diminuição quantitativa leucocitária, ascendendo nas últimas semanas às taxas normais e mesmo ultrapassando-as; nos casos acompanhados de complicações, as taxas globais são leucopênicas. Os bacilos tíficos acarretam inibição da maturação mieloide: quando a medula óssea é isenta de bacilos há contagens globais altas.Em geral há neutrofilia relativa, ocorrendo no sangue periférico a presença de elementos imaturos, como mielócitos e metamielócitos, bastonetose acentuada e diminuição dos segmentados. Registra-se a presença de granulações tóxicas, microvacuoliação citoplasmática

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