Infecção canina por Ehrlichia canis e Anaplasma platys na região semiárida do Brasil: frequência e caracterização molecular
Silva, Lucilene SantosPinho, Flaviane Alves dePires, Lidiany VianaBraga, Juliana Fortes VilarinhoLuz, Thamires Carvalho daSouza, Francisco de Assis LeiteCruz, Maria do Socorro Pires eAraújo Júnior, João PessoaSilva, Silvana Maria Medeiros de Sousa
RESUMO Erliquiose monocítica canina e anaplasmose trombocítica canina, causadas por Ehrlichia canis e Anaplasma platys, são doenças endêmicas no Brasil. Objetivou-se determinar a ocorrência desses patógenos em 224 cães atendidos em um Hospital-Escola Veterinário no estado do Piauí, no nordeste brasileiro. Amostras de DNA foram analisadas por meio de PCR para identificação de E. canis e A. platys, seguidos de sequenciamento e análise filogenética. Dados clínicos foram coletados a partir dos prontuários. Um total de 17,9% dos cães (40/224) foram positivos para E. canis, 30,8% (69/224) para A. platys, e 16,5% (37/224) para ambas as bactérias. Carrapatos estavam presentes em 50% dos cães infectados com E. canis, 59,4% com A. platys e 62,2% com ambas as bactérias. As alterações clínico-laboratoriais mais observadas foram linfadenopatia, anemia, trombocitopenia, hiperglobulinemia e hipoalbuminemia. As sequências parciais do gene 16S rDNA de E. canis e A. platys dos cães no Piauí mostraram identidade de 99% a 100% e 99,74%, respectivamente, com sequências de referência de diferentes regiões do Brasil e outros países no GenBank. A análise filogenética revelou que as sequências foram agrupadas em seus respectivos clados. Este estudo representa o primeiro levantamento molecular e caracterização filogenética dessas bactérias em cães na região semiárida do Piauí.
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