Aumento do diagnóstico da anemia infecciosa equina ao longo de um período de 11 anos na região oeste do Rio Grande do Sul, Brasil
Jardim, José Conrado dos SantosMartins, Maria Eduarda LourençoSantin, Cristiane RamiresGavião, Alessandra ArandaZborowski, Rafael DaronchFinger, Paula FonsecaTraesel, Carolina KistBrum, Mário Celso Sperotto
RESUMO A anemia infecciosa equina (AIE) é uma doença dos membros da família Equidae. No Brasil, a AIE é detectada em todas as regiões e a distribuição está associada com fatores ambientais e aspectos sócio-culturais. O objetivo do estudo foi descrever e analisar a ocorrência de surtos de AIE entre os anos de 2009 e 2019 que foram registrados na região oeste do Rio Grande do Sul. Dados oficiais de 125 registros de focos (113) ou casos suspeitos foram analisados. A maioria dos casos (102) ocorreu entre os anos de 2015 e 2019. Nos meses de julho, agosto e setembro foram registrados 65% dos casos e o diagnóstico foi realizado como requisito para o transporte dos animais. O rebanho equino das propriedades afetadas era de 2071 cavalos, sendo que 242 foram positivos. Entre esses animais, 237 foram eutanasiados e cinco cavalos desapareceram das propriedades. Propriedades com até 10 cavalos (71,7%, 81/113) e localizadas na região periurbana (60%) foram as mais afetadas e esses rebanhos possuíam 41,1% dos positivos (104/242). Um foco foi identificado em cavalos contrabandeados da Argentina. Os resultados caracterizam a ocorrência da AIE na região, demonstram a manutenção e disseminação do vírus nos rebanhos.
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