VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 309-317

Indução de corpo lúteo acessório em caprinos e ovinos: Das bases fisiológicas aos efeitos reprodutivos

Fonseca, Jeferson Ferreira daVergani, Gabriel BrunCôrtes, Luana RangelRodrigues, Juliana Nascimento DuarteSiqueira, Luiz Gustavo BrunoSouza-Fabjan, Joanna Maria GonçalvesOliveira, Maria Emília Franco

A identificação das ondas foliculares ovarianas e de seu padrão hormonal revelou que os folículos ovarianos dominantes da onda ovulatória (FDOO) crescem em ambiente hormonal com predominância crescente de estradiol, diferentemente daqueles da primeira (FDPO) e das ondas foliculares intermediárias (FDOI), que crescem sob forte impacto da progesterona (P4). O hormônio luteinizante (LH) é considerado o hormônio gonadotrófico decisivo para direcionar se um folículo dominante ovulará (↑ LH) ou não (↓ LH). Estratégias foram desenvolvidas para aumentar o LH endógeno (administração de GnRH) ou fornecer LH exógeno de origem suína (pLH) ou, ainda, gonadotrofinas semelhantes ao LH, como gonadotrofina coriônica humana (hCG). Estas medidas são capazes de disponibilizar LH para maturação final, ovulação e/ou luteinização de FDPO ou FDOI, formando corpos lúteos acessórios (CLa). Como consequência, a P4 aumenta e favorece o estabelecimento da gestação, sobretudo em condições em que a P4 for o fator limitante para a implantação e manutenção embrionária. Em ovelhas e cabras, em diferentes estudos, a hCG foi administrada de cinco a sete dias após o início do estro e revelou que o FDPO responde positivamente à administração de hCG, formando CLa e/ou promovendo a hipertrofia do CL formado originalmente, aumentando a área luteal. O incremento da P4 normalmente acompanha o aumento de área do tecido luteal. Como efeito final e mais desejável, a gestação e o nascimento de cordeiros/cabritos também aumentam. Esses conceitos serão discutidos na presente revisão sobre indução de CLa em ovinos e caprinos.(AU)

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