Ausência de flebotomíneos (Diptera: Psychodidae) e casos alóctones de leishmaniose canina no Planalto Serrano Catarinense, Brasil
Duarte, Faiane Reila Sousa CentenaroLedo, Geanicede Lima, Felipe RiethPadilha, Mayckon Antônio CardosoRodrigues da Silva, MárcioKorb, Manuela SteilMoura, Anderson Barbosa deChryssafidis, Andreas Lazaros
Resumo Leishmaniose é uma doença parasitária causada por Leishmania spp., transmitida aos seus hospedeiros por meio da picada de fêmeas de flebotomíneos, sendo os cães domésticos reservatórios da doença. O conhecimento da entomofauna é crucial para estratégias de controle efetivas de doenças transmitidas por vetores, especialmente leishmaniose, já que vários fatores ambientais e climáticos podem influenciar a presença e distribuição dos flebotomíneos. Este trabalho teve como objetivo conduzir um levantamento qualitativo e quantitativo da entomofauna, com ênfase em flebotomíneos, em regiões urbanas e periurbanas do município de Lages, Santa Catarina, Brasil, e analisar casos registrados de leishmaniose canina na cidade, em resposta ao número crescente de casos não autóctones em cães. A falta de estudos prévios sobre a entomofauna da cidade gera preocupações para serviços de saúde pública. Nove áreas do município foram monitoradas durante um ano, e dados clínicos e epidemiológicos de casos registrados de leishmaniose canina na cidade avaliados. Um total de 10.638 insetos foram coletados, sem identificação de flebotomíneos. Todos os casos de leishmaniose canina foram confirmados como não-autóctones, baseados no histórico de movimento desses animais e na ausência do vetor da doença no município. Essas informações podem guiar medidas preventivas e de controle da leishmaniose na região, alinhadas a uma perspectiva de Saúde Única.
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