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Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

Pesquisa de anticorpos anti-Toxoplasma gondii em mamíferos silvestres em áreas de Mata Atlântica da Bahia, nordeste do Brasil

Brito Junior, Pedro de AlcântaraRocha, Josiane MoreiraSilva, Caroline Araújo daOliveira, Priscylla Marcelly VilanovaCorreia, Joelande EsquivelCruz, Luciara Alves daSevá, Anaiá da PaixãoOliveira, Téo Veiga deSilva, Aristeu Vieira daAlvarez, Martín Roberto del ValleAlbuquerque, George Rêgo

O objetivo deste trabalho foi investigar a frequência de anticorpos anti-Toxoplasma gondii presentes em mamíferos selvagens, capturados em fragmentos florestais do Estado da Bahia, Nordeste do Brasil. Um total de 368 indivíduos (246 roedores, 104 marsupiais e 18 morcegos) foram capturados, usando-se armadilhas de captura viva. Os soros foram testados pelo teste de aglutinação modificada, com ponto de corte na diluição de 1:25. A ocorrência total de anticorpos anti-T. gondii foi de 10,6% (39/368), sendo 16,3% (17/104) em marsupiais, 8,5% (21/246) em roedores e 5,5% (1/18) em morcegos. Os títulos variaram de 25 a 50 e 25 a 400, respectivamente, para roedores e marsupiais, e o título máximo em morcegos foi de 25. Este é o primeiro relato de anticorpos para T. gondii em algumas espécies de roedores (Thaptomys nigrita, Hylaeamys laticeps e Cerradomys subflavus), em marsupiais (Monodelphis americana, Gracilinanus microtarsus, Gracilinanus agilis e Marmosops incanus) e em quiróptero do gênero Rhynchonycteris. A presença de anticorpos antiT. gondii em mamíferos selvagens demonstra a possibilidade desses animais como sentinelas da toxoplasmose, principalmente em regiões com alto efeito antropogênico.(AU)

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