VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 790-796

Investigação sorológica e molecular da infecção por Leishmania spp. em gatos provenientes de uma área endêmica para leishmaniose canina e humana no nordeste brasileiro

Bezerra, José Artur BrilhanteOliveira, Ilanna Vanessa Pristo de MedeirosYamakawa, Ana CarolinaNilsson, Mariana GuimarãesTomaz, Klívio Loreno RaulinoOliveira, Kalyne Danielly Silva deRocha, Célio Souza daCalabuig, Cecília Irene PerezFornazari, FelipeLangoni, HelioAntunes, João Marcelo Azevedo de Paula

O objetivo do presente estudo foi investigar a ocorrência de anticorpos contra Leishmania spp., e sua associação com o vírus da imunodeficiência felina (FIV) e o vírus da leucemia felina (FeLV), em felinos domésticos provenientes de uma área endêmica no estado do Rio Grande do Norte, para a leishmaniose visceral canina e humana. Noventa e um gatos foram submetidos a exame clínico completo e amostras de sangue foram coletadas. Um questionário epidemiológico foi feito para investigar fatores de risco. Anticorpos IgG anti-Leishmania spp. foram identificados por meio da imunofluorescência indireta (RIFI), adotando-se como ponto de corte a diluição de 1:40. A reação em cadeia da polimerase (PCR) foi executada visando detectar o material genético de Leishmania spp. a partir de amostras de sangue total. Para avaliar a presença de anticorpos contra o FIV e antígenos do FeLV foi utilizado um teste imunocromatográfico. Observou-se soropositividade em 14/91 (15,38%), 26/91 (28,57%) e 3/91 (3,29%) animais para Leishmania spp., FIV e FeLV, respectivamente. Nenhuma amostra foi positiva na PCR. Baseado nestes dados, não foi observada nenhuma associação estatística significativa entre a soropositividade para Leishmania spp. e gênero, idade, presença de sinais clínicos, fatores de risco avaliados e positividade para as retroviroses. Esses achados demonstram pela primeira vez que felinos da cidade Mossoró, Rio Grande do Norte, estão sendo expostos a esta zoonose, sugerindo que os mesmos podem estar participando da cadeia epidemiológica de transmissão da leishmaniose visceral.(AU)

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