VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 127-130

Carga parasitária em fragmentos de pele intacta e ulcerada em cães com leishmaniose

Silva, Francine Maria de FrançaSantos, Edna Michely de SáTorres, Sandra MariaYamasak, Elise MiyukiRamos, Rafael Antonio NascimentoAlves, Leucio Câmara

A pele é o local de inoculação da Leishmania spp. nos hospedeiros susceptíveis e dessa forma, as dermatopatias, principalmente as dermatites ulcerativas são os principais sinais clínicos observados. O objetivo deste estudo foi avaliar o parasitismo na pele (íntegra e ulcerada) em cães naturalmente infectados por Leishmania spp. através da técnica de imunohistoquímica. Fragmentos de pele (íntegra e ulcerada) foram coletados de 13 cães com diagnóstico parasitológico (aspirado de medula óssea e esfoliação cutânea) e sorológico positivos (ELISA S7® Biogene) paraLeishmania spp. Amostras foram processadas por imunohistoquímica pelo complexo estreptoavidina-peroxidase. As lesões ulcerativas foram observadas principalmente nas regiões do cotovelo 53,84% (7/13), narina 15,38% (2/13), orelha 23,07% (3/13) e sobre a asa do ílio 7,69% (1/13). Uma intensa carga parasitária foi detectada 46,15% e 76,92% das amostras de pele íntegra e ulcerada, respectivamente. A carga parasitária na pele ulcerada foi estatisticamente superior à pele íntegra (p = 0,0221). Esses resultados indicam que a pele intacta e ulcerada pode albergar uma intensa carga parasitária de formas amastigotas de Leishmania spp., o que pode favorecer a transmissão do parasita.(AU)

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