VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 238-243

Toxoplasma gondii: diagnóstico da infecção experimental e natural em pombos (Columba livia) por métodos sorológicos, biológicos e moleculares

Godoi, Fernanda S. L. deNishi, Sandra MPena, Hilda Fátima de JesusGennari, Solange Maria

O presente estudo teve por objetivo diagnosticar a infecção experimental e natural pelo Toxoplasma gondii em pombos (Columba livia) por técnicas sorológicas, biológicas e moleculares. Doze pombos, livres de infecção, foram inoculados com 50 oocistos esporulados de T. gondii (amostra VEG), e quatro permaneceram como controles não infectados. Aos 15, 30, 45 e 60 dias pós-infecção (dpi), quatro aves (três infectadas e uma controle) foram sacrificadas e com seus tecidos realizou-se bioensaio em camundongos e nested-PCR, utilizando-se B1 como gene alvo. Sangue, para a pesquisa de anticorpos anti-T. gondii, foi obtido semanalmente, e a presença de anticorpos foi determinada pela reação de imunofluorescência indireta (RIFI) e pela técnica de aglutinação modificada (MAT). Dos 12 pombos inoculados, sete (58,3%) foram positivos pelas técnicas sorológicas, apresentando títulos que variaram de 40 a 5.120 no MAT e de 512 a 4.096 na RIFI. Concordância total foi observada entre os resultados obtidos pelas técnicas sorológicas e pela nested-PCR com sete animais positivos. No bioensaio em camundongos, dos 12 pombos inoculados, cinco (41,7%) foram positivos ao T. gondii. Apenas um pombo veio a óbito no 23° dpi, devido à toxoplasmose. Um segundo estudo, com pombos de vida livre, foi realizado para a pesquisa de anticorpos anti-T. gondii. As aves foram capturadas nos municípios de São Paulo, Ibiúna e Sorocaba, Estado de São Paulo. Todos os 126 pombos de vida livre foram negativos a anticorpos anti-T. gondii, testados pelo MAT (título < 5). Foram realizados bioensaios em camundongos com tecidos de todas as aves capturadas e também, por esta técnica, T. gondii não foi isolado em nenhuma ave.(AU)

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