VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

Monitoring of Lutzomyia longipalpis Lutz & Neiva, 1912 in an area of intense transmission of visceral leishmaniasis in Rio Grande do Norte, Northeast Brazil

Santos Albano Amóra, StheniaMaria Leal Bevilaqua, Claudiade Castro Dias, EdmilsonMarlon Carneiro Feijó, FranciscoGabriela Melo de Oliveira, PaulaChristianne Xavier Peixoto, GislayneDutra Alves, NilzaMayana Beserra de Oliveira, LorenaTérsia Freitas Macedo, Iara

No Brasil, o crescimento urbano da leishmaniose visceral (LV) está associado com a adaptação do seu vetor, Lutzomyia longipalpis, aos ambientes modificados pelo homem. Este estudo relata a vigilância entomológica de L. longipalpis e os efeitos das variáveis ambientais sobre a sua densidade populacional. Os flebotomíneos foram capturados no município de Mossoró, Rio Grande do Norte, no Nordeste do Brasil, a partir de janeiro de 2005 a dezembro de 2006. Duas armadilhas tipo CDC foram colocadas mensalmente durante quatro noites consecutivas no peridomicílio das casas escolhidas. A análise dos dados foi baseada no teste Qui-quadrado e regressão linear. Um total de 2.087 flebotomíneos foram capturados, dos quais 99,86% foram L. longipalpis. Mais fêmeas do que machos foram capturados (p 0,05). Na análise mensal das variáveis ambientais a temperatura, umidade relativa e a chuva não tiveram impacto significativo sobre a densidade populacional de L. longipalpis. No entanto, houve diferenças sazonais: aproximadamente 70% dos flebotomíneos foram capturados durante a estação chuvosa (p 0,05). Assim, L. longipalpis, a espécie predominante, representa um risco à saúde pública. Portanto, devido à maior prevalência no período chuvoso, recomendamos intensificar as medidas de controle da LV antes e durante este período para reduzir o risco de transmissão da doença.

Texto completo