VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 41-45

Monitoramento de Lutzomyia longipalpis Lutz & Neiva, 1912 em área de transmissão intensa de leishmaniose visceral no Rio Grande do Norte, Nordeste do Brasil

Amóra, Sthenia S. ABevilaqua, Claudia Maria LOliveira, Lorena Mayana B. deMacedo, Iara Térsia FreitasDias, Edmilson de CFeijó, Francisco Marlon COliveira, Paula Gabriela M. dePeixoto, Gislayne Christianne XAlves, Nilza D

No Brasil, o crescimento urbano da leishmaniose visceral (LV) esta associado com a adaptação do seu vetor, Lutzomyia longipalpis, aos ambientes modificados pelo homem. Este estudo relata a vigilancia entomologica de L. longipalpis e os efeitos das variáveis ambientais sobre a sua densidade populacional. Os flebotomíneos foram capturados no município de Mossoró, Rio Grande do Norte, no Nordeste do Brasil, a partir de janeiro de 2005 a dezembro de 2006. Duas armadilhas tipo CDC foram colocadas mensalmente durante quatro noites consecutivas no peridomicílio das casas escolhidas. A analise dos dados foi baseada no teste Qui-quadrado e regressao linear. Um total de 2.087 flebotomíneosforam capturados, dos quais 99,86% foram L. longipalpis. Mais fêmeas do que machos foram capturados (p < 0,05). Na análise mensal das variáveis ambientais a temperatura, umidade relativa e a chuva não tiveram impacto significativo sobre a densidade populacional de L. longipalpis. No entanto, houve diferenças sazonais: aproximadamente 70% dos flebotomíneos foram capturados durante a estação chuvosa (p < 0,05). Assim, L. longipalpis, a espécie predominante, representa um risco a saúde publica. Portanto, devido a maior prevalência no período chuvoso, recomendamos intensificar as medidas de controle da LV antes e durante este periodo para reduzir o risco de transmissão da doença.(AU)

Texto completo