VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 20-23

Exame antidoping em equinos tratados com o produto comercial Antiphlokin

Alves, Natália de CastroLopes, Hellen Patricia DomingosOueiroz, Júlia Naves Saraiva de MeloAndrade, Larissa CostaScarpelli, Felipe Fantíni dos SantosRezende, Adalgiza Souza Carneiro deLana, Ângela Maria OuintãoSilva, Rafael Henrique PradoEsquárcio, Laura Maria G. Santos

O produto comercial Antiphlokin é recomendado nos processos de dores musculares. Dentre as substâncias de sua composição, o ácido salicílico e o salicilato de metila são metabolizados no fígado,e seus metabólitos são excretados na urina e detectados nos exames de antidoping. O objetivo deste trabalho foi verificar se o produto comercial Antiphlokirr pode ser utilizado com segurança em equinos, sem risco de comprometimento nos exames de antidoping. Para isso, foram utilizados seis machos do Regimento de Cavalaria Alferes Tiradentes - RCAT, com alimentação composta por ração concentrada comercial e feno de gramínea. O Antiphlokin foi aplicado na extensão dos quatro membros dos animais, diariamente, durante 14 dias. Foi realizada coleta de urina utilizando sonda uretral, nos seguintes dias: DO: coleta antes da primeira aplicação do Antiphlokin: D1 : coleta no 79 dia de aplicação do produto; D2: Coleta no 149 dia de aplicação e D3: 7 dias após a última aplicação do Antiphlokin. A urina coletada foi enviada ao laboratório CEMSNSP para análise qualitativa e quantitativa dos compostos ácido salicílico e ácido metilsalicílico através da técnica CLAE-EM/EM (cromatografia líquida de alta eficiência acoplada a espectrometria de massas do tipo triplo quadrupolo). Os resultados da concentração de ácido salicílico nos 4 tratamentos variaram de 3,2 a 41,8 ug/ml e o ácido metilsalicílico não foi detectado em nenhuma das amostras. As concentrações quantitativas do composto ácido salicílico foram abaixo de 750 ug/ml,limite máximo permitido publicado na relação de substâncias proibidas para animais em competições pela FEI6 (Federation Equestre Internacionale). Portanto, o produto comercial testado pode ser utilizado,no tratamento das lesões dos equinos, em datas próximas a provas, sem que seus componentes resultem em doping positivo.(AU)