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Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

Evidência de depuração natural da toxina diarréica ácido ocadaico em mexilhões Perna perna (LINNÈ, 1758) cultivados em fazenda de maricultura na baía de ilha Grande, Angra dos Reis, RJ

Jorge Lourenço, Aderbsonde Magalhães Ferreira, VanessaPaulo de Oliveira da Silva, PedroA. da R. Rosa, CarlosMaria Direito, GlóriaMendonça de Oliveira, Gesilene

A toxina diarréica ácido ocadaico (AO) pode ser produzida por algumas espécies de dinoflagelados pertencentes aos gênerosProrocentrum e Dinophysis. Mexilhões são moluscos filtradores que se alimentam principalmente de fitoplâncton. Quandomicroalgas toxígenas encontram-se presentes no fitoplâncton os mexilhões podem acumular em sua carne, principalmentena glândula digestiva (hepatopâncreas), ficotoxinas em concentrações suficientes para desencadear no ser humano a síndromedo envenenamento diarréico por moluscos (EDM). A ficotoxina AO é o principal responsável pela síndrome EDM, que écaracterizada por náuseas, dores abdominais, vômitos e diarréia, se forem consumidos moluscos contaminados comconcentrações a partir de 48g AO.g-1 de hepatopâncreas de molusco. A ficotoxina AO foi detectada em mexilhões cultivados nafazenda de maricultura localizada na enseada de Maciéis, baía de Ilha Grande, RJ. As microalgas foram coletadas com rede deplâncton (malha de 20m). A identificação dos dinoflagelados foi realizada em microscópio invertido. Hepatopâncreas dosmexilhões coletados foram homogeneizados para extração e detecção de AO. As amostras foram analisadas por CromatografiaLíquida de Alta Eficiência com Detecção Fluorimétrica (CLAE-DF). Os resultados cromatográficos indicaram a presença datoxina AO, em baixa concentração (~ 2ng AO.g-1 hepatopâncreas de molusco), em apenas uma das amost

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