VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

Diferenças venográficas podais em membros torácicos de equinos claudicantes e não claudicantes

Sales, Juliana V.F.Melotti, Vitor D.Nascimento, Alana A.Campebell, Rita C.Teixeira Neto, Antônio R.

RESUMO: Compreender as ocorrências vasculares dentro do casco tornou-se o foco de trabalhos científicos. A venografia começou a ser utilizada por ser um método diagnóstico minimamente invasivo, prático e essencial para acessar a circulação digital, com valor prognóstico preciso. O objetivo deste estudo foi avaliar venogramas podais de equinos claudicantes e não claudicantes, utilizando-se uma escala semiquantitativa de preenchimento de contraste radiográfico, nas seguintes regiões anatômicas: arco terminal, vasos laminares dorsais a falange distal, plexo coronário, vasos circunflexos e bulbo do talão. Para o estudo venográfico dos cascos dos membros torácicos foram utilizados 19 equinos (12 machos e sete fêmeas), com idade média de 9,5 ± 4,4 anos. Onze animais sem sinais clínicos de claudicação (não claudicantes) e oito com algum grau de claudicação (claudicantes), segundo a Associação Americana de Praticantes de Equinos (AAEP). Os dados obtidos foram submetidos à análise estatística ANOVA, complementada pelo teste de Tukey, com nível de significância de p< 0,05 para comparação entre todos os grupos. Foi observada diferença entre venografias de cavalos claudicantes e não claudicantes, independentemente do membro torácico utilizado para análise. Animais claudicantes apresentaram menor perfusão digital. A diminuição da circulação sanguínea foi mais frequente no arco terminal, vasos circunflexos e vasos laminares dorsais a falange distal. Animais claudicantes com ângulo do casco normal ou achinelado apresentaram maiores escores de perfusão do que cavalos com casco encastelado. Nos animais hígidos (não claudicantes), apesar das conformações do ângulo do casco, a perfusão digital não foi influenciada.

Texto completo