VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 320-327

Metaloproteinases de matriz 2 e 9 em coelhos com cardiomiopatia induzida pela doxorrubicina

Nogueira, Sheila S. SSousa, Marlos GGava, Fabio NRosa, Fernando AMelo, Guilherme DDittrich, GustavoMachado, Gisele FCamacho, Aparecido A

Alguns estudos já demonstraram o papel exercido pelas metaloproteinases de matriz e seus inibidores na cardiotoxicidade promovida pela doxorrubicina. Assim, este estudo teve como objetivo investigar o comportamento das MMPs 2 e 9 plasmáticas e miocárdicas em coelhos com cardiomiopatia induzida pela doxorrubicina, buscando determinar se há correlação entre a atividade dessas colagenases e o remodelamento cardíaco. A cardiomiopatia foi induzida pela doxorrubicina aplicada por via intravenosa duas vezes por semana ao longo de seis semanas consecutivas. A atividade plasmática das MMPs e o ecocardiograma foram avaliados no momento basal e aos 15 e 45 dias após a primeira aplicação da doxorrubicina. A atividade miocárdica dessas enzimas foi quantificada em apenas nove coelhos aos 45 dias e os resultados comparados com outros nove controles saudáveis. Foram identificadas apenas as formas inativas das MMPs 2 e 9 durante todo o estudo. A pro-MMP 2 plasmática reduziu à medida que a função cardiaca se deteriorou, enquanto a pro-MMP 9 aumentou significativamente em T45 quando comparada aos momentos basal e T15. Houve correlação negativa significativa entre a atividade plasmática da pro-MMP 2 e a relação entre E mitral e a velocidade anular mitral no início da diástole, um parâmetro que permite estimar a pressão atrial esquerda média e a congestão. Apenas a pro-MMP 2 foi documentada nas amostras miocárdicas dos coelhos com cardiomiopatia e atividade media dessa enzima foi estatisticamente menor que aquela observada nos controles saudáveis. Embora a forma ativa de ambas as colagenases não tenha sido identificada, o tempo de tratamento com doxorrubicina interferiu na atividade das formas inativas plasmáticas. Contudo, essas alterações não se associaram com a maioria dos parâmetros ecocardiográficos que indicam remodelamento cardíaco.(AU)

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