VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 291-294

Efeito do cruzamento racial sobre a biometria escroto-testicular em ovinos submetidos à insulação escrotal

Lisboa-Neto, Antônio F. SMariano-Filho, Paulo GCarvalho, Jean RAraújo, Morgana SSantos, Amilton CMachado, Felicianna C. FSilva-Filho, Manoel LMachado-Júnior, Antônio A. N

Objetivou-se neste trabalho avaliar o efeito do cruzamento sobre as características biométricas escroto-testiculares de carneiros da raça Santa Inês e mestiços (Santa Inês x Dorper), submetidos à insulação escrotal, acompanhando o retorno dessas características aos valores previamente observados. Para isso, foram realizadas duas mensurações referentes à circunferência escrotal (CE), comprimento (C) e largura testicular (L), antes da insulação. O volume testicular (V) foi calculado pela fórmula V=2 [(r2) x π x h]. As bolsas de insulação foram fixadas ao redor do funículo espermático e escroto com fita adesiva e esparadrapo, permanecendo por sete dias. Após o período de insulação, as mensurações foram realizadas a cada sete dias, totalizando 15 mensurações durante todo o experimento. Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância (ANOVA) para um delineamento em blocos casualizados, com dois blocos, 15 tratamentos e quatro repetições. As variáveis analisadas foram submetidas ao teste de Dunnett a 5% de probabilidade, para comparar os valores obtidos antes e após a insulação. Para a comparação entre as raças, as variáveis foram submetidas ao teste de Tukey a 5% de probabilidade. Todos os animais estudados sofreram influência significativa (P<0,05) após a insulação escrotal, porém os carneiros da raça Santa Inês retornaram aos valores anteriormente observados em um espaço de tempo mais curto do que os mestiços. Conclui-se que carneiros da raça Santa Inês apresentam maior resistência do que animais mestiços quando submetidos ao estresse térmico induzido pela insulação escrotal.(AU)

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