VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 912-918

Origem e principais ramificações das artérias mesentéricas cranial e caudal em avestruz (Struthio camelus Linnaeus, 1758)

Neira, Ronaldo HertelEstruc, Thais MNascimento, Renata MSantos-Sousa, Carlos ASouza-Junior, Paulo deAbidu-Figueiredo, Marcelo

As artérias mesentéricas das aves são importantes para a irrigação do aparelho digestório e encontram-se associadas ao ganho de peso e conversão alimentar. Objetivou-se descrever as origens, esqueletopias, medidas e principais ramificações das artérias mesentéricas cranial e caudal em avestruzes. Foram utilizados 41 cadáveres de filhotes de avestruzes, 23 machos e 18 fêmeas, obtidos de um criadouro após morte natural. Os cadáveres foram fixados com formaldeído a 10% e tiveram o sistema vascular preenchido com Petrolatex® S-65 colorido. As artérias mesentéricas, cranial e caudal e seus ramos proximais foram dissecados "in situ" e medidas com paquímetro digital. A artéria mesentérica cranial teve comprimento médio de 3,68 ± 1,04 cm e surgiu da aorta descendente ao nível da oitava vértebra torácica na maioria dos casos. Ramificou-se em artérias jejunal e ileocecal. A artéria jejunal ofereceu média de 14,04 ±2,08 ramos ao jejuno e a artéria ileocecal originou um ramo retal e outro que se bifurcou para derivar ramos para íleo, ceco e reto. Em um espécime macho a artéria ileocecal foi ramo da artéria celíaca. A artéria mesentérica caudal originou-se na porção terminal da aorta descendente predominantemente ao nível das 4ª e 6ª vértebras sacro-caudais. Perto da extremidade caudal do rim emitiu os ramos cranial e caudal. O primeiro irrigou o reto e anastomosou-se com ramo retal da artéria mesentérica cranial; o segundo irrigou a porção final do reto, cloaca e bolsa cloacal. Não houve diferença significativa (p < 0,05) entre as medidas, esqueletopia e número de ramificações das artérias entre os sexos.(AU)

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