VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 761-766

Características de ligação da insulina no tecido muscular canino: efeitos da fase do ciclo estral

Põppl, Álan GValle, Sandra CGonzález, Félix H. DKucharski, Luiz CSilva, Roselis S. M. da

As flutuações hormonais durante as diferentes fases do ciclo estral são uma causa importante de resistência insulínica em fêmeas caninas, e poucas informações são conhecidas sobre defeitos na ligação da insulina ao seu receptor, ou defeitos pós-receptor associados com resistência à insulina em cães. Para avaliar as características da ligação insulina-receptor no tecido muscular de cadelas durante o ciclo estral, dezessete pacientes foram utilizadas no estudo (seis em anestro, cinco em estro e seis em diestro). Um teste de tolerância à glicose intravenosa (IVGTT) foi realizado em todas as pacientes por meio da infusão de 1mL/kg de uma solução de glicose 50% (500mg/kg), com coletas de sangue para determinação de glicemia nos tempos 0, 3, 5, 7, 15, 30, 45 e 60 minutos da injeção de glicose. Amostras de tecido muscular foram coletadas durante ovariohisterectomia, imediatamente congeladas em nitrogênio líquido, e posteriormente armazenadas a -80°C até a preparação das membranas por meio de homogeneização e centrifugação sequencial. Para os experimentos de ligação hormônio-receptor, as membranas foram incubadas na presença de 20.000cpm de 125I-insulina humana, e concentrações crescentes de insulina regular humana não marcada para saturação fria. O IVGTT não mostrou diferenças entre as pacientes em diferentes fases do ciclo estral com relação a glicemia basal, ou na resposta glicêmica após infusão de glicose nos tempos estudados. Dois sítios de ligação da insulina, um de alta-afinidade, e outro de baixa afinidade, foram detectados pela análise de Scatchard, e diferenças significativas foram detectadas na constante de dissociação (Kd1) e capacidade de ligação máxima (Bmax1) dos sítios de ligação de alta-afinidade. O Kd1 para o grupo anestro (6,54±2,77nM/mg de proteína) foi menor (P<0,001) que os Kd1 dos grupos estro (28,54±6,94 nM/mg de proteína) e diestro (15,56±3,88nM/mg de proteína).[...] (AU)

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