VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 777-782

Interferência da idade e repetição do mesmo estímulo doloroso na hiperalgesia

Ibañez, Jose FPosso, Irimar PWallace, Verena

A dor nos animais tem sido reconhecida há pouco manos de um século. Vários autores reconhecem que os animais são capazes de processar, registrar e modular estímulos nociceptivos de modo muito similar aos seres humanos e há várias evidências registrando o impacto da sensação dolorosa sobre os sistemas vitais e curso da doença. Entretanto, a despeito das evidências de que os animais, como os seres humanos, podem armazenar informações passadas de experiências dolorosas pouco se sabe sobre como a chamada memoria de dor funciona. Os objetivos deste estudo foram: avaliar se a resposta a um estímulo doloroso difere em diferentes fases da vida e se a repetição de um mesmo estímulo doloroso agudo no mesmo animal interfere na expressão da hiperalgesia. Assim, 60 ratos foram selecionados e agrupados em três grupos iguais: 3 meses, 6 meses e 9 meses. Foi injetada solução de formalina 5 por cento na face plantar de todos os animais durante anesthesia. O limiar de hiperalgesia foi testado pelo método de filamentos de Von Frey à 1h, 24h e 48h após a sensibilização. A injecão foi repetida duas vezes com intervalo de 30 dias, uma vez em cada membro. Os resultados demosntraram que animais mais jovens possuem limiares menores de hiperalgesia na primeira estimulação, comparados com os mais velhos e que a repetição de um mesmo estímulo doloroso agudo diminui o limiar de hiperalgesia quando o primeiro estímulo ocorre nas idades mais tenras e aumenta o limiar quando se inicia em idades mais avançadas.(AU)

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