VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 222-228

Doenças neurológicas de ovinos na região central do Rio Grande do Sul

Rissi, Daniel RFighera, Rafael AIrigoyen, Luiz FKommers, Glaucia DBarros, Claudio S. L

Neste trabalho são descritos aspectos epidemiológicos e clinico-patológicos das principais doenças neurológicas de ovinos diagnosticadas no Laboratório de Patologia Veterinária (LPV) da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) no período entre 1990 e 2007. A partir de uma busca nos arquivos do LPV-UFSM foram encontrados 586 exames de ovinos correspondentes a necropsias realizadas no laboratório ou a exames de amostras remetidas por veterinários de campo. Sessenta e nove casos experimentais foram excluídos do estudo. Os 517 casos restantes eram compostos de 361 casos (69,8 por cento) com diagnóstico conclusivo e 156 casos (30,2 por cento) com diagnóstico inconclusivo. Ovinos morreram em decorrência de doença neurológica em 58 casos (16 por cento) do grupo com diagnóstico conclusivo. As doenças diagnosticadas mais frequentemente foram cenurose (15 casos ou 25,8 por cento), listeriose (nove casos ou 15,5 por cento), tétano (oito casos ou 13,7 por cento), abscessos vertebrais (quatro casos ou 6,8 por cento) e abscessos encefálicos (três casos ou 5,1 por cento). Intoxicação por Erytroxylum argentinum, mielite supurativa pós-caudectomia, meningoencefalite fibrino-supurativa, polioencefalomalacia e raiva (dois casos ou 3,4 por cento cada) foram ocasionalmente diagnosticadas. Desmielinização medular, edema da substância branca encefálica, encefalomalacia focal simétrica, hidranencefalia, hipoplasia cerebelar, intoxicação por organofosforado, intoxicação por Solanum pseudocapsicum, mielite fibrino-supurativa e provável intoxicação por closantel (um caso ou 1,7 por cento cada) foram raramente observadas.(AU)

Texto completo