VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 191-198

Aspectos epidemiológicos da seneciose na região sul do Rio Grande do Sul

Karam, Fernando Sérgio CastilhosSoares, Mauro PereiraHaraguchi, MitsueRiet-Correa, FranklinMéndez, Maria Del CarmenJarenkow, João André

Seneciose é a principal intoxicação por planta no sul do Rio Grande do Sul, Brasil. Neste trabalho apresentam-se os dados de 24 surtos de seneciose em bovinos e de um em eqüinos, diagnosticados pelo Laboratório Regional de Diagnóstico (LRD) da Universidade Federal de Pelotas, no período de 1998 a 2000. Adicionalmente são avaliados os dados epidemiológicos de 54 surtos ocorridos no período 1978-1997. Os dados epidemiológicos e clínicos do período 1998-2000 foram coletados em visitas às propriedades onde estavam ocorrendo os surtos. Em 11 (45,83 por cento) surtos os animais tinham até 3 anos de idade e, em 13 (54,16 por cento), 3 anos ou mais. Quanto ao sexo, 9 (37,5 por cento) surtos atingiram fêmeas e 15 (62,5 por cento) afetaram machos. Em relação à época de ocorrência, 10 (41,66 por cento) surtos ocorreram na primavera, 4 (16,66 por cento) no verão, 5 (20,83 por cento) no outono, e 5 (20,83 por cento) no inverno. A morbidade foi estimada em 4,92 por cento e a letalidade em 95,59 por cento. As espécies de Senecio que predominaram nas propriedades visitadas foram S. brasiliensis em 12 (57,14 por cento), S. selloi em 10 (47,61 por cento), S. oxyphyllus em 6 (28,57 por cento), S. heterotrichius em 3 (14,28 por cento), e S. leptolobus em 1 (4,76 por cento) propriedade. Os sinais clínicos mais freqüentes foram emagrecimento progressivo, incoordenação, diarréia, tenesmo, prolapso retal e agressividade. O curso clínico da intoxicação, levando em consideração somente os animais necropsiados ou os observados durante as visitas às fazendas, foi de 24 a 96 horas em 4 (16,66 por cento) surtos, de 4 a 7 dias em 7 (29,16 por cento), de 1 a 2 semanas em 4 (16,66 por cento), de 2 a 3 semanas em 2 (8,33 por cento), de 1 a 2 meses em 2 (8,33 por cento), e de 2 a 3 meses em 1 (4,16 por cento) surto. Em quatro (16,66 por cento) surtos o período...(AU)

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