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Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

Orchid bees (Hymenoptera: Apidae) in the coastal forests of southern Brazil: diversity, efficiency of sampling methods and comparison with other Atlantic forest surveys

C. Mattozo, VanessaR.R. Faria, LuizA.R. Melo, Gabriel

Os levantamentos da fauna de abelhas euglossíneas realizados até o momento ao longo da floresta Atlântica são restritos a poucas regiões e não permitem um entendimento mais aprofundado dos padrões latitudinais de distribuição e diversidade dessas abelhas. Por este motivo, duas áreas de floresta Atlântica do sul do Brasil, na planície costeira de São Paulo (Sete Barras, Faz. Morro do Capim: SP3) e do Paraná (Antonina, Reserva Natural do Rio Cachoeira: PR3), tiveram sua fauna de euglossíneos amostrada. Em PR3, foi avaliada também a eficiência de dois métodos alternativos de coleta, fazendo-se a comparação entre armadilhas plásticas, iscadas com fragrâncias, e coleta direta com rede entomológica em iscas odoríferas. A diversidade e abundância das abelhas foram muito baixas: apenas 39 machos de oito espécies foram coletados em SP3 (Euglossa iopoecila, Euglossa roderici, Eulaema nigrita, Euglossa annectans, Eulaema cingulata, Euglossa pleosticta, Euglossa viridis e Exaerete smaragdina) e 254 machos de seis espécies em PR3 (Euglossa iopoecila, Euglossa annectans, Euglossa stellfeldi, Euglossa roderici, Euglossa pleosticta e Eulaema nigrita). A comparação entre os métodos de amostragem mostrou que a coleta direta (seis espécies; 221 espécimes) foi mais eficiente do que o uso de armadilhas (três espécies; 33 espécimes). A análise de correspondência (DCA) mostrou que os dois levantamentos apresentados aqui se posicionaram relativamente próximos entre si, porém afastados dos outros locais comparados, não se agrupando com o levantamento mais meridional nos domínios da floresta Atlântica do Rio Grande do Sul, nem com aqueles conduzidos em áreas de terras baixas mais ao norte nesse bioma.

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