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Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

Why biogeographical hypotheses need a well supported phylogenetic framework: a conceptual evaluation

Morphy D. Santos, CharlesS. Amorim, Dalton

Um crescente número de métodos biogeográficos tem buscado descrever maneiras formais de reconstruir a história biogeográfica dos organismos. Entretanto, para qualquer método biogeográfico empregado, a fonte de informação sistemática deve ser precisa. Ruído taxonômico é por vezes um verdadeiro obstáculo para se tratar apropriadamente da complexidade da vida no seu aspecto tridimensional, representado pelo triplo paralelismo forma, espaço e tempo. Esse artigo defende que a sistemática é o fundamento necessário para a biogeografia histórica. Filogenias de organismos ou ao menos hipóteses de monofiletismo devem ser a base para o estudo de padrões de distribuição. Táxons não-monofiléticos tomados erroneamente como monofiléticos resultarão em interpretações incorretas nas análises evolutivas. Quando a proporção de táxons parafiléticos considerada em uma análise é pequena, um padrão geral pode ser obtido, mas a interpretação da evolução biogeográfica de cada táxon parafilético será equivocada. A delimitação de áreas de endemismo, da mesma forma, também depende da precisão da informação filogenética. Além disso, índices baseados na diversidade filogenética permitem a delimitação de áreas para a conservação da diversidade biológica. Apesar da pletora de métodos biogeográficos correntes, a biogeografia não é uma confusão, como foi apontado anteriormente. A ordem nessa disciplina é sutil: como a biogeografia pretende compreender o mundo natural baseandose no estudo de forma, tempo e espaço, um arcabouço filogenético é condição essencial. A ausência de informação biogeográfica primária confiável - táxons históricos - cria sérios obstáculos para a biogeografia histórica.

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