VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 53-56

Utilização de retalho de padrão subdérmico para correção de extensa lesão em face de cão: relato de caso

Huppes, Rafael RicardoCastro, Jorge Luiz CostaPazzini, Josiane MoraisSprada, Arícia GomesPascoli, Ana LúciaDe Nardi, Andrígo BarbozaSouza, Fernando Wiecheteck deQueiroz, Thayana Neiva Lima

Feridas são caracterizadas pela interrupção da continuidade normal de um tecido orgânico. O fechamento e a reconstrução da ferida devem objetivar o retorno do paciente à sua atividade normal o mais rapidamente possível. As técnicas de cirurgia reconstrutivas incluem os enxertos e os retalhos de padrão subdérmico e axial. O objetivo deste artigo foi o de relatar a utilização de um retalho de padrão subdérmico para correção de uma extensa lesão em face de cão, estimulando os cirurgiões veterinários a se especializarem para utilizar as técnicas de cirurgia reconstrutiva em sua prática clínica, minimizando o tempo de pós-operatório. Foi atendido no Hospital Veterinário, um cão da raça Poodle, macho, 13 anos, 7 kg, atacado a menos de uma hora por um cão da raça Rottweiller. Devido à gravidade, extensão e ao pouco tempo do acontecimento da lesão, foi decidido pela correção da ferida naquele momento. O retalho utilizado para a reconstrução da lesão foi o de padrão subdérmico, sendo realizada a transposição do mesmo a partir da região cervical do lado direito. Após sete dias do procedimento, a extremidade do retalho apresentou-se com coloração enegrecida, porém, sem secreção purulenta. O processo de necrose se estendeu por mais cinco dias sendo então o paciente submetido a um novo procedimento cirúrgico para debridamento da ferida. Com a remoção da crosta iniciou o tratamento da ferida aberta com sulfadiazina de prata a 2,5% até a formação de tecido de granulação e início da retração das bordas, sendo neste momento substituída por outra a base de Aloe Vera e Propólis, que foi mantida até o término do fechamento da lesão. As trocas de bandagens compressivas foram realizadas a cada 12 horas durante 35 dias. Conclui-se que a técnica de correção utilizando o retalho de padrão subdérmico foi efetiva, porém por ser um modelo subdérmico sem presença de artéria e veia na sua constituição [...] (AU)