VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 87-96

Reproductive biology and development of gill glands in the inseminating characid, Macropsobrycon uruguayanae Eigenmann, 1915 (Cheirodontinae: Compsurini)

Azevedo, Marco AMalabarba, Luiz RBurns, John R

São descritos a biologia reprodutiva e o desenvolvimento da glândula branquial de Macropsobrycon uruguayanae, uma espécie de caracídeo inseminador da tribo Compsurini, subfamília Cheirodontinae. Foram capturados 117 machos e 143 fêmeas da espécie entre abril de 2001 e março de 2002 no rio Ibicuí, bacia do rio Uruguay no Estado do Rio Grande do Sul, Brasil. Indivíduos em reprodução foram observados na maioria dos meses amostrados, não havendo período reprodutivo sazonalmente definido. Fêmeas em maturação apresentavam-se inseminadas antes de completar a maturação plena. Análises histológicas mostraram espermatozoides nos ovários de fêmeas em diferentes estádios de maturação gonadal coletadas na maioria dos meses. Nenhuma fêmea imatura apresentou ovários inseminados. O tamanho de primeira maturação gonadal foi estimado em 24 mm de comprimento padrão para machos e fêmeas. A fecundidade absoluta média foi de 191,08 (± 48,83 SD) ovócitos por fêmea, uma das mais baixas entre caracídeos. A fecundidade relativa foi de 0,539 (± 0,069 SD) ovócitos por mg do peso da fêmea, valor semelhante ao encontrado para a maioria das espécies de Cheirodontinae. A espécie mostrou desenvolvimento ovocitário do tipo sincrônico em dois grupos, indicando desova total. O diâmetro médio dos ovócitos maduros foi de 0,6711 (± 0,1252 SD) mm, menor do que o encontrado para a maioria das espécies de Characidae. A glândula branquial ocorreu em todos os machos maduros analisados, sendo também observada em machos em maturação avançada, porém envolvendo um número menor de filamentos branquiais. A glândula branquial não foi observada em machos em maturação inicial ou imaturos e em fêmeas em qualquer fase de maturação. Esta glândula pode compreender até 24 filamentos da hemibrânquia externa do primeiro arco. As lamelas secundárias da glândula branquial são reduzidas e há proliferação de células secretoras colunares entre elas. Estas células são preenchidas por inúmeros vacúolos, ...(AU)

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