VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 244-251

Contenção farmacológica e anestesia do queixada (Tayassu pecari Link, 1795), pela associação de azaperone, tiletamina zolazepam, romifidina e atropina, com protocolos calculados por extrapolação alométrica interespecífica

Pachaly, José RicardoDelgado, Luís Eduardo da SilveiraAzzolini, FelippeErdmann, Renato ErdinaMoreira, NeiCiffoni, Elza Maria GalvãoArns, Gabriela Ciffoni

Onze queixadas (Tayassu pecari), pertencentes ao plantel do zoológico do Parque Municipal Danilo Galafassi (Cascavel, Paraná, Brasil), foram anestesiados pela associação de azaperone, romifidina, tiletamina, zolazepam e sulfato de atropina. As doses foram estabelecidas por meio de extrapolação alométrica interespecífica, usando como modelo as doses indicadas para animais domésticos. Para romifidina usou-se como modelo a dose de 0,10 mg/kg, indicada para um cavalo de 500,00 Kg; para um cão de 10,00 Kg; para azaperone usou-se como modelo a dose de 1,00 mg/kg, indicada para um suíno de 100,00 kg; e para atropina usou-se como modelo a dose de 0,05 mg/kg, indicada para um cão de 10 kg. Conhecendo-se os pesos dos indivíduos, as doses calculadas das drogas foram acondicionadas em um mesmo dardo e administradas à distância por meio de zarabatana. Os animais foram avaliados quanto à perda da reação postural de endireitamento, início da anestesia, retorno da consciência, retorno da reação postural de endireitamento e retorno à ambulação normal. A cada 10 minutos após a indução da anestesia, foram monitorizados os parâmetros fisiológicos temperatura retal, freqüência cardíaca, freqüência respiratória e saturação parcial de oxigênio. Nos mesmos momentos, avaliou-se a qualidade da contenção farmacológica (pelo nível de miorrelaxamento) e da anestesia (pelas reações a estímulos dolorosos), sendo conferidos os conceitos A (excelente), B (bom) e C (ruim). No 100° minuto realizou-se a administração intravenosa de ioimbina, avaliando-se seus efeitos na recuperação da anestesia. Concluiu-se que o protocolo testado é eficaz para a contenção farmacológica e anestesia de queixadas(AU)