VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 119-123

Qualidade microbiológica de camarões comercializados nas praias da cidade de Natal: RN

Oliveira, Maria Delci deCarvalho, Catherine Teixeira deAragão, Leonardo BrunoMorais, Michele Alexandre deSilva, Tayse Cristina

O camarão é um crustáceo muito apreciado pelos turistas e consumidores de Natal - RN, sendo facilmente encontrado e de diversas maneiras. Uma das formas que comumente encontram-se é pronto para o consumo, comercializado por ambulantes, nas praias. Essa prática, no entanto, desperta cuidados tendo em vista o crescente número de Doenças Transmitidas por Alimentos (DTA) e o fato dessas doenças estarem associadas à manipulação e conservação inadequada dos alimentos. Por ser um produto de alta perecibilidade, o camarão, toma-se mais susceptível às contaminações; o pronto para o consumo, além de passar por todas as etapas de processamento, onde pode ser contaminado, permanece a maior parte do tempo exposto a um dos principais veículos de contaminação, o manipulador e as variações do binômio tempo e temperatura durante a venda. Diante do exposto, na presente pesquisa realizaram-se análises microbiológicas a fim de avaliar a inocuidade desse alimento e a quantificação de Staphylococcus aureus, Escherichia coli e o isolamento de Salmortella. Foram coletadas e analisadas 25 amostras de 200g cada, em 5 praias da cidade de Natal - RN. Verificou-se a presença de coliformes a 35°C em todas as amostras analisadas; para a contagem de coliformes a 45°C, 60% das amostras da praia I, 100% das amostras das praias II e IV e 80% das praias III e V apresentaram valores superiores aos estabelecidos na RDC n° 12 de 02 de janeiro de 2001; 80% das praias tinham suas amostras contaminadas por Staphylococcus aureus estando, portanto, impróprias para o consumo. Não foi identificada a presença de Salmonella nas amostras analisadas. Esses resultados mostram a necessidade de treinamentos referentes a manipulação segura e práticas higienicossanitárias adequadas com os manipuladores desse tipo de comércio. Destaca-se ainda, a necessidade de uma rigorosa fiscalização por parte dos órgãos competentes.(AU)