VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 92-97

Qualidade sanitária de queijo prato, comercializado em supermercados de pequeno e médio porte na cidade do Recife, PE

Silva, Ana Patrícia daCarvalho, Irineide Teixeira deLima, Maria da Glória Abage de

O presente trabalho avaliou as condições higiênico-sanitárias do queijo Prato fatiado comercializado nos supermercados de pequeno e médio porte na cidade do Recife. Avaliou-se os padrões de contagem para Escherichia coli e Staphylococcus aureus estabelecidos pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e de coliformes totais, bactérias mesófilas aeróbias, bolores e leveduras. Os supermercados foram selecionados a partir do cadastro da TeleLista e, caracterizados como de pequeno ou de médio porte pelo número de caixas registradoras, sendo os de até três caixas classificados como pequeno porte e os de quatro a dez como de médio porte. Foram selecionados aleatoriamente 16 estabelecimentos de pequeno porte e 14 de médio porte. Os queijos inteiros foram avaliados in locus em relação à aparência, presença ou ausência de embalagem, selo do S.I.F.( Serviço de Inspeção Federal), prazo de validade e temperatura do produto inteiro e do local de exposição dos fatiados. As análises microbiológicas foram realizadas utilizando-se placas de petrifilmTM 3M, aprovadas pela AOAC (Official Methods of Analysis - Aprovados e Certificados) e recomendadas pelo Ministério da Agricultura e do Abastecimento/DIPOA/ DOL Os resultados obtidos mostraram que todos os queijosinteiros apresentavam aparência normal em relação às características organolépticas; duas amostrasnão continham a embalagem; em 28 amostras constava o registro do S.LF.e dentre estas, duas estavamfora do prazo de validade. As temperaturas de armazenamento estiveram fora da recomendada emnove supermercados de pequeno porte e seis em supermercados de médio porte. Das 16 amostras analisadas em supermercados, nove se encontravam fora dos padrões da ANVISA. Portanto, as condições higiênico-sanitárias em que os queijos foram manipulados e armazenados mostraram-se deficientes, propiciando condições favoráveis à deterioração dos queijos e a proliferação de patógenos.(AU)