VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 30-38

Avaliação de genótipos de berinjela e jiló e híbridos interespecíficos quanto a resistência a nematoides das galhas

Pinheiro, Jadir BorgesSilva, Giovani Olegario daJesus, Jhenef Gomes deBiscaia, DanielleCastro e Melo, Raphael Augusto de

No Brasil, as culturas da berinjela e do jiló são importantes para a economia de pequenas propriedades localizadas principalmente nos estados do Sudeste, bem como de outras regiões, com expressivo volume de produção o ano todo nos mercados atacadistas locais. No entanto, essas espécies são muito suscetíveis aos nematoides das galhas e há poucas ou quase nenhuma fonte conhecida de resistência. Desta forma, o objetivo do presente estudo foi buscar fontes de resistência aos nematoides das galhas em genótipos de berinjela e jiló; bem como em híbridos interespecíficos para uso como porta-enxertos. Foram realizados três experimentos: no primeiro, realizado em 2013,foram avaliados 10 acessos experimentais de berinjela, um híbrido entre berinjela e jiló, e um híbrido de Solanum stramonifolium com berinjela para a reação ao Meloidogyne enterolobii. No segundo, em 2016, foram avaliados 20 acessos experimentais de jiló, para a reação ao M. incognita, M. javanica eM. enterolobii. E no terceiro, em 2017, foram avaliados um acesso e dois híbridos experimentais de berinjela, e um híbrido de Solanum scuticum com berinjela, para a reação ao M. incognita, e M. enterolobii. Ambos ensaios foram conduzidos em casa de vegetação, e caracteres relacionados à infeção das raízes pelos nematoides foram avaliados em delineamento inteiramente casualizado, com seis repetições, sendo a unidade experimental uma planta cultivada em um vaso contendo 1,5 L de substrato inoculado com cada espécie de nematoide. Foi verificado que: 1-todos os acessos avaliados de berinjela foram suscetíveis ao M. incognitae ao M. enterolobii, no entanto, o acesso BER 3150 apresentou menor grau de suscetibilidade ao M. incognita. 2-os genótipos de jiló CNPH 056, CNPH 070, CNPH 220 e CNPH 363 apresentaram melhor resposta a M. incógnita e M. javanicado que o padrão de suscetibilidade, o tomateiro ‘Rutgers’. 3-os acessos de jiló CNPH 070, CNPH 219 e CNPH 387, apresentaram resposta melhor ou equivalente ao tomateiro resistente ‘Nemadoro’ para M. enterolobii. 4-o híbrido interespecífico BER EG203 x S. scuticum, pode ser recomendado como porta-enxerto para materiais de berinjela muito suscetíveis ao M. incognita; bem como a solanacea silvestre S. stramonifoliumvar. inerme para o M. enterolobii.(AU)

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