VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 110-120

Rizobactérias no controle de Sclerotinia sclerotiorum, e efeitos no desenvolvimento vegetativo de plântulas de soja

Pinho, Renata Silva Canuto dePozzebon, Bruna CanabarroRodrigues, Ketlen Raisa ReyArns, Renata BolacelAlves, Cezario AlmeidaBergmann, Mireli Duarte

Sclerotinia sclerotiorum é um dos principais patógenos da cultura da soja, reduzindo o potencial produtivo da cultura e causando perdas de até 37%. Por ser habitante de solo, seu manejo é difícil. Porém, a adoção de métodos alternativos, como o uso de antagonistas, pode auxiliar na redução do inóculo do patógeno. Assim, objetivou-se com esse trabalho, selecionar rizobactérias autóctones de soja e verificar o potencial de antagonismo in vitro frente à Sclerotinia sclerotiorum, bem como o efeito desses isolados na germinação e desenvolvimento vegetativo de plântulas de soja. Para isso, foram conduzidos testes de inibição e índice de velocidade do crescimento micelial, produção de compostos voláteis, produção de metabólitos rizobacterianos e desenvolvimento vegetativo de plântulas de soja. Com relação ao antagonismo, os isolados I1, U4, M6, U13 e M8, foram os mais eficazes. Para a produção de compostos voláteis pelo método de placas sobrepostas, os isolados M8, M10, M9, I1, M6 e U4 tiveram as maiores reduções do crescimento micelial do patógeno. Já para a capacidade dos isolados de produzir metabólitos hidrossolúveis em meio de cultura, verificou-se que os isolados I1, M3, M6 e U13 foram os mais eficazes. Para o desenvolvimento vegetativo de plântulas de soja, com exceção para o comprimento de raízes, em que os isolados M8, I14, M9, I1, M6 e M10 proporcionaram os maiores incrementos no tamanho da raiz, as demais variáveis não apresentaram incrementos significativos quando comparadas com a testemunha. De maneira geral, os isolados M8, M10, M9, I1, M6 e U4 são eficazes na inibição do crescimento micelial de Sclerotinia sclerotiorum, produzem compostos orgânicos voláteis que ajudam no controle do patógeno, entretanto, não apresentam incrementos significativos no desenvolvimento vegetativo de plântulas de soja.(AU)

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